UM DIA TRISTE NA HISTÓRIA DA VILA
Ano de 1940,época de grandes celebrações nacionais, malfadado vexatório triste para a Vila de Pampilhosa da Serra.Em texto publicado, haverá um lustro,demonstrei intenção do regime Salazarista, extinguir o concelho pampilhosense, decreto de 25 Abril daquele ano, que colocou sob tutela do estado, o Município é prova.
Confesso, não fazia ideia do desprezo e arrogância, da ditadura, e Câmara de Arganil, em cujo domínio seria integrado o nosso território, trataram a nossa terra.
Sucintamente os factos foram: Um grupo de pessoas gradas da Pampilhosa,cientes do perigo que corria a autonomia municipal, decidiram unir-se, a pretexto do 3º centenário da restauração da independência,e promoveram colocação do "cruzeiro da independência " no antigo largo da feira, convencidos dessa maneira poderiam cair nas boas graças do regime, e reverter a situação humilhante.Convidaram as mais destacadas individualidades distritais, para inauguração, realizada no 1º Dezembro, mas sucedeu algo inusitado.
O Governador Civil, Bispo da Diocese, Comandante Distrital da Legião Portuguesa , estava anunciado estariam presentes pressionados pelo Governo,faltaram
Ao acto compareceram, " altas individualidades de Arganil ",a filarmónica local, legionários da Vila,crianças das escolas, representantes das juntas de freguesia, padre da paróquia,e funcionários publicos .
O povo primou pela ausência, e um dia destinado a ser festivo, passou a história triste, para esquecer.O cruzeiro retirado do poiso inicial está agora num canto da Vila, parece com razão ; é ruim lembrança.
Largo da feira e cruzeiro pouco depois da " inauguração".