ASSALTO A TESOURARIA DA CÂMARA
No Outono de 1932, inicio de Novembro,um acontecimento sacudiu pacato quotidiano do burgo pampilhosense.
A tesouraria da câmara municipal foi assaltada da gaveta foram subtraídas 20 notas ou seja dois contos de reis , conta calada para a época, se pensarmos o salário de um trabalhador era 8$00 , por dia; 20 notas seria preço de uma junta de bois. Lembro " nota " era designação popular da cédula de 100 escudos.
A tesouraria funcionava onde morava, a tesoureira na companhia dos seus dois filhos a casa ficava na Praça Barão de Louredo, demolida mais tarde.
Larápios entraram , pela bandeira da porta , abriram a gaveta do dinheiro, saíram abrindo com a própria chave duas portas interiores e fugiram
Apesar de terem sidos pressentidos pelos locatários, os gatunos lograram esconder-se sem serem reconhecidos.
O assunto passou a tema de todas as conversas, as pessoas estranharam, aparentemente não tivesse participado a ocorrência as autoridades a fim de proceder as investigações adequadas.
corria pela vila a giza de anedota, uma explicação : em determinada ocasião no prédio onde estava a tesouraria,realizaram -se sessões de espiritismo as quais acorriam numerosas pessoas de todas as classes sociais da terra. O médium falava com espíritos, no final da sessão aparecia o diabo, mas só as escuras, aterrorizando a assistência.E desaparecia sem deixar rasto.
Dado mistério rodeava o furto, ninguém se mexia para esclarecer, talvez, o diabo tivesse desaparecido com a "massa ".
Não sei imbróglio se esclareceu, quem não era da vila, lançava a velha ferroada " são coisas só acontecem na Pampilhosa ".
As vezes há coisas diabólicas...
Imagem da vila em 1932